top of page
homem_estudando.png

Formação

Ouça esta formação

A Virgem Maria: Mãe de Deus e Modelo da Igreja

batismo-2.webp

A Santíssima Virgem Maria ocupa lugar único no plano da salvação. Escolhida por Deus para ser a Mãe do Verbo Encarnado, é o elo entre a Antiga e a Nova Aliança. O anjo a saúda como “cheia de graça” (Lc 1,28), expressão que revela a plenitude da graça divina desde o início de sua existência. Maria é a nova Eva: pela fé e obediência, colaborou livremente com Deus na redenção, ao dizer “faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1,38).

O Concílio Vaticano II, na Lumen Gentium (n. 56), ensina que Maria cooperou de modo singular com o Salvador pela fé e caridade. Nela, contemplamos o modelo de discípula perfeita e a Mãe da Igreja.

Os Dogmas Marianos

A Igreja reconhece quatro dogmas que exprimem a fé em Maria e sua íntima relação com Cristo.

Maternidade Divina – Proclamado no Concílio de Éfeso (431), afirma que Maria é Mãe de Deus (Theotokos), pois gerou segundo a carne o Filho eterno do Pai (cf. Mt 1,20). O Catecismo (CIC 495) ensina: “Ela é verdadeiramente Mãe de Deus, por ter gerado segundo a carne o Filho de Deus feito homem.”

Imaculada Conceição – Definido por Pio IX na bula Ineffabilis Deus (1854), declara que Maria, “desde o primeiro instante de sua conceição, foi preservada imune de toda mancha do pecado original”. A saudação “cheia de graça” (Lc 1,28) confirma essa pureza original.

Virgindade Perpétua – Professado desde os primeiros séculos, ensina que Maria permaneceu virgem antes, durante e depois do parto (cf. Is 7,14; Mt 1,23). O CIC 499 afirma: “O nascimento de Cristo não diminuiu, mas consagrou a integridade virginal de sua Mãe.”

Assunção de Maria – Proclamado por Pio XII em Munificentissimus Deus (1950), declara que “a Imaculada Mãe de Deus foi assunta em corpo e alma à glória celeste.” O CIC 966 explica que a Assunção é uma participação singular na Ressurreição de Cristo e antecipação da nossa própria ressurreição.

Maria e a Igreja

Aos pés da cruz, Jesus entregou Maria à humanidade: “Mulher, eis o teu filho” (Jo 19,26). Assim, tornou-se Mãe da Igreja e medianeira de todas as graças. O CIC 971 recorda que a piedade mariana “conduz os fiéis a Cristo”.

Maria é também a Mulher vestida de sol (Ap 12,1), sinal da vitória da graça sobre o pecado. Sua fé e obediência tornam-se exemplo para todos os cristãos.

Como ensina São João Paulo II em Redemptoris Mater, “Maria está presente na Igreja como Mãe do Redentor e Mãe dos remidos.” Nela, contemplamos o triunfo da misericórdia divina e a promessa de nossa própria glorificação em Cristo.

_______________
Fonte: Livro "A Santíssima Virgem Maria", de Pe. Emmanoel Sobreiro (Editora Colombus)

bottom of page